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sábado, 21 de julho de 2012

Brasileiro contra o Acordo Ortográfico




O Professor Paulo Franchetti é graduado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Leras de Araraquara. Especialista em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Mestre em Teoria Literária pela Universidade Estadual de Campinas. Doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo. Professor titular do Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas.

Numa entrevista ele explicou:

"O Acordo Ortográfico é um aleijão. Linguisticamente malfeito, politicamente mal pensado, socialmente mal justificado e finalmente mal interpretado. Foi conduzido aqui no Brasil de modo palaciano: a universidade não foi consultada, nem teve participação nos debates (se é que houve debates além dos que talvez ocorram durante o chá da tarde na Academia Brasileira de Letras), e o governo apressadamente o impôs como lei, fazendo com que um acordo para unificar a ortografia vigorasse apenas aqui, antes de vigorar em Portugal. O resultado foi uma norma cheia de buracos e defeitos, de eficácia duvidosa. Não sei a quem o acordo interessa de fato. A ortografia brasileira não será igual à portuguesa. Nem mesmo, agora, a ortografia em cada um dos países será unificada, pois a possibilidade de grafias duplas, permite inclusive a construção de híbridos. E se os livros brasileiros não entram em Portugal (e vice-versa ) não é por conta da ortografia, mas de barreiras burocráticas e problemas de câmbio que tornam os livros ainda mais caros do que já são no pais de origem. E duvido que a ortografia seja uma barreira comercial maior do que a sintaxe e o ai-meu-deus da colocação pronominal. Mas o acordo interessa, é claro, a gente poderosa. Ou não teria sido implantado contra tudo e contra todos..."

(17/02/2012)
Fonte: http://abemdanacao.blogs.sapo.pt/671479.html    

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